KPIs financeiros para startup: os 7 que não podem faltar!
Os KPIs financeiros para startup são ferramentas que ajudam a acompanhar se a empresa está ou não gerando lucratividade, se as dívidas e despesas estão bem controladas, e se os investimentos recebidos estão dando o retorno esperado.
Sobre isso, é essencial ter em mente que o potencial de retorno financeiro é um dos principais critérios analisados por possíveis investidores antes de tomarem suas decisões sobre aplicação de valores em uma startup.
O uso dos KPIs, sigla para o termo em inglês Key Performance Indicators, em português, Indicadores-chave de Performance, serve justamente para isso: apresentar para founders e investidores como está a performance monetária do negócio, ou seja, o seu desempenho financeiro.
Nesse cenário, existem alguns KPIs financeiros para startups que não podem deixar de ser acompanhados, especialmente nas empresas que querem lucrar e crescer de forma sustentável.
Para saber quais são esses indicadores, basta continuar a leitura deste artigo.
O que são KPIs financeiros para startup?
Os KPIs financeiros para startup são métricas usadas para acompanhar o desempenho financeiro da empresa.
Por meio dos Indicadores Chave de Performance é possível acompanhar, por exemplo, resultados referentes a:
- faturamento;
- lucratividade;
- liquidez;
- endividamento;
- retorno de investimentos.
Além de ajudar os gestores a tomarem decisões melhores, esses números contribuem muito na hora de conseguir bons investimentos. Afinal, eles são mais uma forma de comprovar que a startup tem potencial de crescimento e de lucratividade, justificando o valor que está sendo solicitado aos investidores.
7 exemplos de KPIs financeiros para startup
É bem importante ter em mente que o ideal é utilizar vários KPIs financeiros para startup simultaneamente, visto que cada um é direcionado para uma análise em especial.
Dito isso, alguns dos indicadores para startups que mais costumam ser sugeridos são:
- Retorno sobre Investimento (ROI);
- Custo de Aquisição por Cliente (CAC);
- Taxa de Evasão de Clientes (Churn);
- Lifetime Value (LTV);
- Ticket Médio por Cliente;
- Burn Rate;
- Endividamento.
Retorno sobre Investimento (ROI)
Um dos indicadores de startup mais considerados por investidores, o ROI, Return on Investiment, aponta qual foi o retorno financeiro obtido após alguma ação realizada pela empresa.
Por exemplo, quanto a companhia conseguiu lucrar depois de ter feito investimentos em estratégias de marketing para aumentar a conversão de clientes.
Custo de Aquisição por Cliente (CAC)
Seguindo esse gancho de conversão de clientes, outro KPIs financeiro bem importante é o CAC, que significa Custo de Aquisição por Cliente. Na prática, esse indicador mostra quanto a companhia precisa gastar para trazer um novo cliente para a sua base.
Esse cálculo deve incluir tudo o que foi investido para esse fim, por exemplo, valores referentes à criação de mídias para propaganda de produtos e serviços, custos com realização de eventos, entre outros relacionados.
Taxa de Evasão de Clientes (Churn)
Mas assim como se conquista clientes, também é possível perdê-los. Como essa perda afeta diretamente o faturamento e o crescimento de um negócio, é essencial mensurar de quanto ela é, a fim de verificar o seu impacto e buscar soluções para esse cenário.
A Taxa de Evasão de Clientes, também chamada de Taxa de Churn, deve ser usada para identificar quantos clientes foram perdidos em um determinado período.
A ideia é conseguir identificar não só a quantidade de perdas, mas também o que motivou essa interrupção de relacionamento com a marca e encontrar formas de resolver o problema, bem como de reverter a situação.
Lifetime Value (LTV)
Já para os clientes que permanecem, é fundamental saber quanto de retorno financeiro eles trouxeram para o negócio.
O Valor de Tempo de Vida do Cliente, mais conhecido como Lifetime Value, LTV, é um indicador financeiro que aponta quanto de receita um cliente gerou durante todo o tempo que manteve relacionamento com a empresa.
Comumente, trabalha-se com relação entre CAC e LTV nas startups, já que um mostra quanto custa trazer um novo consumidor para a companhia, o outro quanto ele gera de faturamento enquanto continua usando os produtos e/ou serviços da marca.
Ticket Médio por Cliente
E já que estamos falando sobre rendimento gerado por um usuário, vale citarmos também o Ticket Médio por Cliente, KPI financeiro que revela para os gestores qual o valor médio de contratação de serviço ou compra de cada consumidor.
Ou seja, de todos os clientes ativos na base da companhia, qual é a média de gastos com as soluções oferecidas em um determinado período, por exemplo, dentro de um mês.
Burn Rate
Trazendo o foco para os investimentos em startups, o Burn Rate, que em tradução literal significa taxa de queima, é o indicador que revela quanto tempo a empresa precisa para finalizar todo o capital que tem disponível.
Esse KPI é importante para analisar em qual período, por exemplo, meses ou anos, a empresa precisa de novas aplicações financeiras para seguir sua linha de crescimento.
Endividamento
O KPI voltado para a análise de endividamento da startup tem por objetivo verificar a saúde financeira da empresa.
Ou seja, por meio desse indicador é calculada a diferença entre os ativos e os passivos financeiros totais, para constatar se há um equilíbrio entre a entrada e a saída de valores, se o capital foi muito comprometido com débitos e se as dívidas estão devidamente controladas.
Como você pôde ver, cada um dos KPIs financeiros para startup têm uma finalidade e ajudam a mensurar pontos diferentes.
Por conta disso, o uso em conjunto é tão importante, seja para os gestores terem uma visão clara de como está a saúde financeira da empresa e, com isso, conseguirem tomar as melhores decisões, seja para convencer investidores de que o negócio é rentável e tem potencial de crescimento.
Este artigo foi escrito pela Movile, empresa que realiza investimentos de longo prazo em empresas de tecnologia na América Latina e visa ser a maior ‘thesis maker’ da região. Por meio de sua expertise em cultura, estratégia, M&A, finanças e gestão, apoia companhias como Afterverse, a55, iFood, MovilePay, PlayKids, Sympla, Sinch, Zoop, Mensajeros Urbanos e Moova.
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