Criptomoedas

A relação entre criptomoedas e VPN

20 de July de 2023
A relação entre criptomoedas e VPN<

Tecnologias revolucionárias são aliadas da liberdade

 

Criptomoedas e VPNs são duas das tecnologias mais revolucionárias e pró-liberdade que existem atualmente. E todo bom artigo de tecnologia poderá dizer que existe uma relação muito íntima entre essas duas inovações, com uma servindo para proteger a outra.

Hoje em dia, utilizar criptomoedas tornou-se tão fácil quanto abrir um aplicativo no smartphone – de fato, qualquer pessoa pode usar um aplicativo para gastar seus Bitcoins e outras criptomoedas. Mas esta facilidade trouxe um grande risco de segurança que pode levar a muitas perdas financeiras.

Além disso, nem todos os governos e países do mundo veem com bons olhos o fato de seus cidadãos fazerem compras ou transações com criptomoedas. Muitos chegam ao extremo de proibir esta prática, obrigando as pessoas a recorrer a aplicativos de alto risco para tentar preservar a sua privacidade.

Felizmente, a VPN é uma tecnologia que protege a privacidade no uso de criptomoedas e, ao mesmo tempo, impede que hackers e outros agentes possam roubar seu dinheiro. Veja como utilizar essa tecnologia a seu favor na hora de fazer suas operações.

Criptomoedas não são anônimas

Um erro comum entre muitos usuários de criptomoedas é achar que as criptomoedas são 100% anônimas, pois eles não precisam deixar seus dados para usar uma carteira. No entanto, isso não é verídico.

O uso das criptomoedas é pseudônimo, ou seja, o nome real do usuário é substituído pelo endereço da sua carteira. Mas todas as transações são públicas e qualquer pessoa pode verificar a blockchain e saber exatamente quando uma transação foi feita, qual endereço enviou e qual recebeu as criptomoedas e até mesmo o valor envolvido.

Isso significa que se a carteira tiver conexão com algum dado pessoal do usuário (por exemplo, um endereço de e-mail), é possível rastrear e até identificar a pessoa. Hoje em dia, várias empresas fazem esse trabalho de solucionar crimes através do rastreio da blockchain, o que é um uso positivo dessa transparência.

Por outro lado, a transparência da blockchain também pode ser utilizada contra seus usuários. Por exemplo, um criminoso que deseja identificar uma vítima que possui uma certa quantidade de BTC pode fazer isso se a carteira tiver alguma ligação com dados pessoais. E existem carteiras que requerem a identificação do usuário, o que diminui mais a sua privacidade.

O uso da VPN

A sigla VPN significa Virtual Private Network, ou Rede Privada Virtual, que é um tipo de rede que cria um “túnel de proteção” na sua conexão de Internet. Esse túnel protege seus dados, impedindo que hackers e outros agentes maliciosos possam encontrar as informações que você acessa utilizando a VPN.

Ela faz isso utilizando criptografia de ponta-a-ponta, ou seja, codificando os dados em ambas as pontas de acesso. Por meio dessa “camuflagem”, a VPN esconde a origem do endereço de IP do computador. Dessa forma, se você mora no Brasil e usa uma VPN, pode acessar um IP de Portugal, por exemplo.

No caso das criptomoedas, imagine um cidadão que quer negociar criptomoedas, mas mora na Bolívia – país que proíbe esse tipo de operação. Com seu IP normal, essa pessoa não consegue acessar sites de plataformas como a Binance para comprar seus BTCs ou outras criptomoedas.

Mas com uma VPN, o usuário consegue camuflar seu IP e acessar como se estivesse no Brasil, por exemplo. E como o site da Binance é liberado aqui, esse boliviano pode comprar suas criptomoedas burlando a proibição do governo.

Só que a parte mais importante de uma VPN é a segurança contra ataques. Já que a VPN oculta as informações, o usuário não corre o risco de expor publicamente os dados da sua carteira na Internet. Dessa forma, ele acaba preservando a sua privacidade e impedindo que hackers possam roubar suas senhas e acessar suas criptomoedas. Uma VPN pode ajudar de três formas:

  • utilizar uma carteira digital para diferentes pagamentos ou tipos de pagamento;
  • criptografar o endereço da carteira, o que torna mais difícil o acesso a suas transações e dá uma verdadeira garantia de anonimato;
  • manter privado o endereço de pagamentos. Com um endereço privado, suas transações não aparecem na blockchain e ninguém pode saber quanto você movimentou nem o seu saldo.

Em suma, uma VPN oferece dupla proteção para os usuários de criptomoedas, impedindo que governos possam limitar sua capacidade de negociar e, ao mesmo tempo, protegendo suas operações contra hackers e outros criminosos digitais. Isso faz as suas operações mais seguras tanto contra roubos quanto contra a ação de governos autoritários.