Tudo sobre a criptomoeda bitcoin
Criptomoeda serve como investimento e refúgio para milhares de pessoas
Mais um ano começou de forma turbulenta no cenário global. Após a pandemia em 2020 e 2021, 2022 trouxe de volta os temores de uma guerra global. Consequentemente, diversas pessoas foram afetadas diretamente por esse problema.
Com uma série de confiscos no Canadá e na Rússia, bem como a crise na Ucrânia, o Bitcoin (BTC) voltou a ser visto como uma alternativa segura. De fato, as negociações da criptomoeda na Ucrânia quebraram recordes neste início de ano.
Mas você sabe o que é o BTC e como ele funciona? E por que tanto ucranianos quanto russos estão ávidos por comprar a criptomoeda? Este texto lhe trará um apanhado geral sobre o tema.
O que é BTC?
O BTC é uma forma de dinheiro, assim como são o Real brasileiro, o Dólar e o Euro. O que o diferencia destes é o fato dele ser totalmente digital. BTC existe apenas na internet e pode ser utilizado através de um computador ou até de um smartphone. Não existem cédulas ou moedas físicas de Bitcoin.
Essa característica faz do BTC a moeda mais prática de ser utilizada no mundo, pois não há limites nem de valores nem de transações para seu uso. Ou seja, qualquer pessoa pode fazer uma operação de qualquer valor, a qualquer momento, para qualquer lugar do mundo.
Da mesma forma, os usuários de BTC são capazes de receber transações com as mesmas vantagens. Estas transações não podem ser bloqueadas ou restringidas por ninguém. Portanto, governos não podem bloquear ou confiscar o BTC que esteja na carteira pessoal de alguém.
Se uma pessoa tiver seus fundos bloqueados no banco, mas possuir BTCs na carteira, então ela ainda pode utilizá-los como dinheiro em uma situação de emergência.
Armazenamento de BTC
Guardar BTC é algo bastante simples, pois pode ser realizado com um aplicativo de celular. Há também dispositivos específicos, as chamadas carteira de hardware (hardware wallets), que são feitas especificamente para guardar BTC e outras criptomoedas.
Em ambos os casos, não há limite de armazenamento. É possível guardar milhares ou até milhões de reais em um dispositivo que cabe dentro do bolso. Essa praticidade torna possível que milhares de refugiados possam sair de países levando parte de seu dinheiro guardado em BTC.
Como comprar BTC?
Atualmente, é possível comprar pequenas frações de BTC. Cada unidade é composta por unidades menores chamadas de satoshis, nome dado em homenagem ao criador Satoshi Nakamoto.
Um BTC pode ser dividido em até oito casas decimais. Ou seja, cada unidade é formada por 100 milhões de satoshis. Logo, não é preciso ter o valor de uma unidade inteira de BTC para comprar. É possível comprar frações menores, em alguns casos a partir de apenas R$ 50.
Isso torna o seu uso muito mais prático e rápido, seja como meio de troca ou como investimento. Além disso, não há nenhum tipo de censura para esse criptoativo, ou seja, nenhuma empresa ou governo pode impedir transações com o uso do Bitcoin.
Qualquer pessoa pode comprar e possui BTC. Ele não é um sistema centralizado, o que significa que não pode ser derrubado por governos ou empresas, é possível verificar cada transação nos mínimos detalhes e, além disso, sua criação segue protocolos matemáticos rígidos e reais. Vamos conhecer cada uma delas mais adiante.
Quanto vale um BTC?
Atualmente, um BTC vale cerca de R$ 197 mil reais, de acordo com dados do comparador CoinMarketCap. Isso corresponde a uma queda de quase 50% em relação à máxima histórica de R$ 360 mil registrada em novembro.
Só que este preço muda todos os dias conforme a oferta e demanda do mercado. Como a oferta de BTC é fixa (só existirão 21 milhões), então a demanda tem um grande peso. Se os investidores querem comprar mais, o preço tende a cair. Por outro lado, se a demanda cai, o preço também tende a cair.
Como investir em BTC?
Há duas maneiras de se fazer uma exposição ao Bitcoin:
- Direta: o investidor compra o criptoativo e o armazena em uma carteira controlada por si próprio. Com isso o investidor tem a posse real do ativo, bem como o controle da senha de sua carteira;
- Indireta: aqui o investidor adquire um produto que investe em BTC, ou seja, utiliza um intermediário. Esse intermediário pode ser um fundo de investimento que aplica em Bitcoin, derivativos (opções ou contratos futuros) etc.
No entanto, a cotação do Bitcoin pode apresentar bastante volatilidade em vários momentos. Quedas fortes de 5% a 10% em um dia são comuns nesse mercado, o que pode gerar grandes perdas, especialmente no curto prazo.
Portanto, independentemente da forma que você utilizará para investir, o preço do BTC terá forte oscilação, sobretudo no curto prazo. Por isso é importante ter cuidado e se expor ao BTC de forma cautelosa e segura.
