Como não perder dinheiro com a alta inflação do Brasil?
A alta da inflação no Brasil é um assunto que preocupa muitas pessoas, já que ela faz com que o poder de compra da população fique limitado. Isso se deve à alta de produtos e serviços, que muitas vezes, segue crescendo mais do que os salários das pessoas.
É normal que diante dessa situação a preocupação apareça, principalmente para quem tem um perfil de investidor. Mas, neste momento, precisamos analisar mais a fundo a situação atual para ver como conseguimos proteger o nosso dinheiro dessa alta.
Para isso, existem várias maneiras de fazer com que você não perca seu dinheiro, desde mudar hábitos de gastos pessoais até investir em dólar. Por esse ser um assunto muito debatido atualmente, separamos neste artigo algumas formas de proteger o seu dinheiro da inflação.
Invista em ativos atrelados à inflação
A prática mais comum que os investidores fazem para proteger seu dinheiro é realizar investimentos em ativos que tenham seu rendimento atrelado a algum índice inflacionário, como o IPCA ou IGP-M.
Ao investir nesses ativos, o seu dinheiro rende conforme a inflação: toda vez que ela sobe, seus investimentos acompanham o indexador. Muitos investidores fazem isso visando garantir seu poder de compra no futuro.
A maioria desses ativos é de renda fixa, mas é sempre bom analisar todas as características da aplicação para verificar se ela acompanha algum índice inflacionário. Veja abaixo alguns exemplos desses ativos.
- Tesouro IPCA: são títulos públicos que rendem conforme a inflação somada a uma taxa adicional, o que faz com que a sua rentabilidade sempre fique acima da inflação.
- Debêntures: esse é outro título de renda fixa, emitido por empresas, que pode utilizar índices inflacionários no momento de definir a rentabilidade.
- LCI e LCA: as letras de crédito imobiliário e do agronegócio são emitidos pelas instituições financeiras e possuem rentabilidade próxima da inflação.
Não deixe seu dinheiro na poupança
A caderneta da poupança é uma opção bem famosa entre os brasileiros, conhecida como a forma mais segura de guardar seu dinheiro e fazer com que ele renda um pouco.
Porém, a poupança é conhecida no mundo dos investimentos como a opção que proporciona a menor rentabilidade do mercado. Se descontar a inflação, a aplicação pode até fornecer retornos negativos para quem aplicar seu dinheiro.
Isso se deve principalmente à forma com que a poupança rende. Para entendê-la, é preciso saber que ela é fortemente influenciada pela variação da taxa Selic, um importante indexador do mercado que indica a taxa básica de juros do Brasil. Sabendo disso, o rendimento da poupança pode funcionar de duas formas:
- quando a taxa Selic está igual ou inferior a 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a taxa referencial, que não chega a render 1%;
- mas, caso a Selic esteja com um valor acima de 8,5% ao ano, a poupança segue rendendo apenas 0,5% ao mês (o equivalente a 6% ao ano) sob o valor alocado, mais a taxa referencial.
Analisando o rendimento da poupança, já conseguimos ver como ele é baixo. Para se ter uma ideia, hoje em 2022 um título pré-fixado do tesouro direto, que oferece uma rentabilidade fixa, consegue render 11,67% por ano.
Faça investimentos no exterior
Toda vez que o cenário nacional fica mais volátil e as pessoas enxergam uma nova crise surgindo, os investidores acabam voltando seu foco para o exterior, analisando o que as ações e moedas estrangeiras têm para oferecer no momento.
Isso acontece porque a nossa moeda é muito sensível e acaba sendo influenciada pelas mudanças que ocorrem no mundo político interno e externo, fazendo com que, a cada crise, o real se desvalorize mais.
Para evitar que seus investimentos fiquem à mercê de uma moeda relativamente fraca, muitos investidores preferem alocar seus recursos no exterior, onde elas poderão ficar expostas a moedas mais fortes, ajudando a preservar o poder de compra e proteger o patrimônio.
Uma forma de fazer esse tipo de investimento é realizando aplicações em fundos cambiais, que investem em ativos atrelados a moedas estrangeiras, como o dólar e o euro, que garantem uma boa rentabilidade ao investidor.
