Investimento

Saiba como guardar dinheiro legalmente fora do país

6 de January de 2023
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Guardar dinheiro fora do Brasil pode ser interessante para quem quer proteger seu capital contra crises. Saiba como fazer isso da maneira certa

Atualmente, há uma certa preocupação em relação ao futuro do país: afinal, o real vai se desvalorizar diante de moedas estrangeiras, como dólar e euro? Será que a alta inflação vai diminuir o poder de compra do brasileiro?

Essas e outras questões fazem com que muitos brasileiros busquem uma conta digital internacional para mover seus fundos para outros países e, com isso, preservar seu capital com mais segurança.

Esse processo é totalmente legalizado, mas existem alguns passos necessários para fazer esse procedimento da maneira correta e permitir a diversificação territorial do seu capital.

Quais os benefícios de guardar dinheiro fora do país?

Primeiramente, vale notar que existem vários benefícios em deixar o dinheiro fora do país. Como já foi falado, o real pode perder o valor devido ao câmbio em relação a moedas mais fortes. Há também a possibilidade de se proteger contra crises econômicas e políticas, deixando seu capital em economias mais estáveis e com maior segurança jurídica. 

Além disso, caso o investidor deseje fazer uma viagem para fora do país em um futuro próximo, essa é uma forma de se planejar e garantir o poder de compra para a viagem.

Por esse motivo, muitas pessoas buscam poupar os seus investimentos em dólar. Isso porque, por ser a moeda da economia mais forte do mundo, costuma proporcionar uma segurança maior em relação aos investimentos.

No entanto, é importante lembrar que esse capital pode não ser sacado com tanta facilidade quanto, por exemplo, um CDB de liquidez diária ou o Tesouro Selic. Nesse sentido, vale a pena deixar pelo menos uma porção do capital para situações emergenciais de forma acessível no Brasil.

Como guardar dinheiro fora do país?

A forma mais prática de mandar dinheiro para fora é por remessas ao exterior, feitas através de bancos, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas a atuar no mercado de câmbio.

Assim, o primeiro passo é o investidor fazer o seu cadastro em uma dessas instituições. Cada instituição exige dados diferentes para o cadastro, e o tempo final até a conta ficar pronta pode variar dependendo da empresa escolhida pelo cliente.

Também é comum cada corretora estipular um valor mínimo para enviar ao exterior. Então, é importante prestar atenção em todos os termos do contrato antes de optar por uma instituição.

Uma vez feito o cadastro, basta que o investidor adicione dinheiro no saldo da instituição e solicite uma remessa ao exterior. No Brasil, as empresas que oferecem esse serviço precisam estar autorizadas pelo Banco Central a operar em câmbio.

Quais são as taxas e impostos para guardar dinheiro fora do país?

O primeiro ponto a respeito de taxas e impostos é o Imposto de Renda: todo contribuinte deve declarar seu patrimônio — seja dentro ou fora do país. Por isso, tudo deve ser declarado normalmente. Para declarar, basta acessar a seção “Declaração de Bens e Direitos — Depósito bancário em conta-corrente no exterior, Código 62”. Também há uma taxa a ser paga pelo usuário, que consiste no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), cujo valor é calculado no momento da transação.

No entanto, não há imposto sobre o dinheiro mantido no exterior — a não ser que seja como investimento. Nesse caso, há impostos sobre dividendos (30%) e ganhos de capital para valores acima de R$ 35 mil por mês.

Além disso, a própria instituição de câmbio pode cobrar um spread na cotação do dólar e uma taxa fixa ou variável pela operação. Algumas instituições também podem cobrar uma taxa de manutenção da conta. Então, vale a pena comparar os preços e condições de cada plataforma!