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Quer dar um pontapé inicial ou um salto com a sua empresa? Veja quais os tipos de investimento em startup buscar em cada fase

11 de January de 2019
Quer dar um pontapé inicial ou um salto com a sua empresa? Veja quais os tipos de investimento em startup buscar em cada fase<

Se você teve uma ideia brilhante e quer tirá-la do papel, uma das formas é buscando alguns dos vários tipos de investimentos em startups existentes. Existem investimentos para diversas fases de desenvolvimento da empresa. Além da fase inicial, é possível conseguir dinheiro para acelerar o crescimento ou promover um salto de expansão em um negócio já consolidado.

No entanto, um erro comum cometido pelos empreendedores é buscar por um investimento que não condiz com a realidade de sua startup. Por isso, neste artigo vamos mostrar quais as opções de aporte você deve buscar para cada estágio de amadurecimento da sua empresa.

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Tipos de investimento em startup

Startups em estágio inicial

As startups em fase inicial é vista pelos investidores como uma caixinha de surpresa: ela pode tanto dar muito lucro como falir a qualquer momento.

Por esse motivo, os tipos de investimentos em startup disponível para essa fase são mais baixos, dificilmente superando os R$ 200 mil. Mas é um valor que já vai ajudar muito você a começar. Abaixo listamos os tipos de aportes para que seu negócio comece a dar os primeiros passos.

Bootstrapping

Para aqueles que acompanham o mundo das startups, o bootstrapping é o primeiro passo dos investimentos. Neste caso, o empreendedor, ou o grupo de empreendedores, tira dinheiro do próprio bolso para investir na empresa. Praticamente todas as startups criadas começam com o sistema bootstrapping até conseguirem investimentos maiores.

Tudo bem que o bootstrap não é “receber investimento”. Mas precisa ser mencionado para mostrar que a maioria das startups começa assim, com o empreendedor juntando uma grana para usá-la para manter seu negócio enquanto ele não alcança maturidade.

Essa “modalidade” é bem comum, já que as startups precisam de, em média, cerca de R$ 150 mil para começar a rodar e ter seu negócio validado no período de seis meses a um ano.

Depois disso, você passa a precisar de um ticket maior, mas sua empresa terá mais maturidade para conseguir investimentos externos.

Aceleração de startups

As aceleradoras são organizações que focam seus investimentos em startups cujas ideias permitam a elas serem empresas de rápido crescimento por meio da escala das atividades e do ganho de fatia de mercado.

Além de apoio financeiro para o desenvolvimento, essas instituições ainda oferecem:

– Mentoria;

– Rede de contatos para desenvolvimento;

– Auxílio na aquisição de clientes;

– Proximidade com outras empresas para parcerias-chave;

– Auxílio na modelagem de negócio.

Em contrapartida, as aceleradoras exigem participação no capital da startup, que normalmente é de, no máximo, 20%.

Existem, atualmente, diversos programas de aceleração no Brasil e no mundo, por isso, é preciso que o empreendedor se atente a como escolher a aceleradora ideal para sua startup.

Além da metodologia, o que varia é a proposta dos programas: uns buscam soluções mais avançadas, outros priorizam uma determinada área, entre outras diferenças.

Mostramos em artigos anteriores que os bancos tradicionais têm investido muito em programas de aceleração para fintechs com o objetivo de não ficarem para trás no desenvolvimento tecnológico do setor. O Itaú, por exemplo, possui o Cubo e o Bradesco criou o InovaBRA.

Para participar desses programas, os negócios passam por um processo seletivo que leva em conta a equipe, o mercado de atuação e o produto desenvolvido.

Se escolhida, a startup fica, em média, de três a seis meses recebendo o apoio de consultores e mentores, além do aporte financeiro.

Dinheiro de amigos e familiares

Pela dificuldade em se conseguir investidores ou pelos aportes baixos, muitos empreendedores buscam ajuda dentro da própria família e do círculo de amigos.

As grandes vantagens desse tipo de investimento em startup são a facilidade de negociação de valores e devolução e a inexistência de burocracia.

Contudo, é preciso deixar claro as pessoas próximas que apoiam o projeto por acreditar em seu sucesso que o retorno pode demorar mais do que o previsto ou não ocorrer.

Normalmente, o investimento vindo do FFF (Family, friends, Fools), como é conhecido, costuma ser usado para realizar a parte de validação e conquistar os primeiros clientes.

Os valores levantados pelos empreendedores nesse tipo de investimento em startup variam de R$ 25 mil a R$ 50 mil e em troca é ofertada uma participação de 3% a 5% no negócio, mas isso não é regra.

Quando usar esse tipo de investimento em startup, lembre-se de não usar todas as reuniões familiares ou encontro de amigos para falar de trabalho. É importante separar as coisas para preservar a saúde do negócio e não desgastar as relações pessoais.

Investimentos-anjo

Os investidores-anjo são pessoas físicas com capital próprio suficiente, além de expertise, para aportarem em empresas com potencial de crescimento e posteriormente terem retorno.

Geralmente, se reúnem em grupos de até cinco empresários e executivos bem-sucedidos que procuram empresas atuantes em suas respectivas áreas de negócio.

O investimento é feito em troca da participação no negócio – em média entre 5% e 15%. Os valores variam entre R$ 50 mil e R$ 600 mil.

Atualmente, é um dos tipos de investimento em startup mais conhecido e procurado pelas empresas em estágios iniciais.

Em suma, para conquistar um anjo para a startup é preciso planejar-se em relação a:

– Pitch de apresentação;

– Plano de negócio;

– Projeções de aplicação de investimento, gastos, ganhos e aquisição de clientes;

– Procura por investidor que se encaixe no nicho do negócio.

De acordo com a organização Anjos do Brasil, as startups que possuem inovação em suas ações, faturam menos de R$ 1 milhão ao ano e apresentam potencial de crescimento têm mais chances de serem escolhidas por esse tipo de investidor.

Capital semente

Os fundos de capital semente (Seed) podem ser buscados por startups até mesmo em fase conceitual de solução, sem mesmo terem algo lançado no mercado. Além disso, tais fundos aportam valores maiores que os investidores-anjo, pois são formados por grupos de investidores que juntos aplicam o capital, reduzindo o risco de cada um e formando aporte maior no total arrecadado.

Como no investimento-anjo, o que os participantes de um fundo de capital semente buscam é o lucro atrelado ao crescimento da startup ou ainda de sua venda em prazo mais longo, após um grande crescimento em ritmo acelerado.

Nesse tipo de investimento em startup, os valores podem variar de R$ 300 mil a até R$ 2 milhões.

No Capital Semente, há rodadas de investimento que são denominadas Series A, B, C, D e assim por diante. Às vezes, dependendo da quantidade de rodadas, é possível ver, por exemplo, investimentos como Series A1 ou Series B2.

Quando uma startup chega nesse ponto, os valores aportados são bem mais significativos e podem chegar a dezenas ou centenas de milhões.

Assim como os outros degraus de investimento, é comum ver fundos co-investindo juntos. Normalmente, o fundo que aporta o maior ticket lidera a rodada e atrai os demais investidores da rodada.

Nesse estágio, meu querido amigo, você provavelmente se verá perdendo a maioria das ações do seu negócio (e isso não é ruim!). É comum vermos que os fundadores da startup, somados, tenham entre 30% e 50% do negócio. Evidentemente, pode variar para mais e menos. Tudo vai depender de como você negociou todas as outras etapas anteriores.

Incubação de empresas

As incubadoras representam um modelo mais tradicional de investimento a partir de um projeto ou uma empresa que quer se desenvolver.

O processo de incubação inclui ajuda com a modelagem básica do negócio, ajuda com técnicas de apresentação, acesso a recursos de ensino superior, entre outros.

As incubadoras se adequam muito bem a startups em fases iniciais por alguns motivos:

– Disponibilizam espaço físico para o trabalho das incubadas, o que oferece estrutura e ao mesmo tempo reduz custos;

– Podem aportar investimentos, neste caso liberados por editais de verbas públicas;

– Focam em inovação e desenvolvimento dos negócios, mesmo que o projeto ainda seja bastante embrionário.

Outro ponto positivo das incubadoras é que elas apoiam negócios não tão escaláveis. Ou seja, mesmo se o negócio tiver potencial de crescimento, mas ainda precisar de tempo de desenvolvimento para ter escala, pode ser incubado.

Diferentemente dos outros tipos que vimos, as incubadoras contam com um processo mais burocrático de seleção, incluindo plano de negócios completo, pelo fato de elementos públicos estarem inclusos no universo de incubação e apoio. A grande maioria das incubadoras estão atreladas a universidades federais e outras instituições públicas.

Venture Building

O modelo mescla características das incubadoras, aceleradoras e venture capital, sendo que fornece todo o planejamento estratégico, a captação de recursos financeiros e humanos e estrutura física.

O objetivo de uma Venture Builder não é apenas criar um produto, mas construir um negócio. Geralmente, a participação de uma Venture Builder numa startup é grande, chegando a 80% da estrutura acionária na fase inicial.

Investimento para startups em fase de crescimento

As empresas que estão em fase de crescimento buscam aplicação para conseguir aperfeiçoar ainda mais seu produto ou serviço e seguir expandindo, só que de forma acelerada. Existe um tipo de investimento em startup ideal para essa fase que é o Venture Capital.

Fundos de investimento — Venture Capital

Os fundos Venture Capital se assemelham ao Capital Semente, mas são voltados para negócios que já possuem uma solução montada, rodando, e uma base de clientes, provando que é uma startup escalável.  

Os fundos Venture Capital são formados por investidores que juntos aportam acima de R$ 500 mil em cada projeto, valor que pode chegar a dezenas ou centenas de milhões, dependendo do tamanho do fundo.

Em troca, os fundos passam a participar do capital das empresas que recebem os aportes e faturam com o crescimento delas, grandes operações de vendas dos negócios e até abertura de capital na bolsa de valores.

Investimentos para startups em fase de escala

Na fase de escala a startup já passou por todas as provações necessárias à sobrevivência e crescimento e seguiu ganhando fatia de mercado e se desenvolvendo, atingindo receitas anuais de dezenas ou centenas de milhões.

Portanto, seu objetivo é continuar o crescimento, entregando valor da melhor forma possível. Nessa fase, as startups já pensam em internacionalização e abertura de capital na bolsa. Veja os tipos de investimento em startup para esse estágio da empresa.

Private Equity

Fundos de Private Equity aportam valores superiores aos dos fundos de Venture Capital, pois startups que chegaram a esse patamar precisam de aplicações mais robustas para dar saltos de crescimento, o que as opções citadas até o momento não têm porte para tanto.

Normalmente, empresas que recebem esse investimento já cresceram muito por aportes de outros tipos anteriormente, necessitando de um último investimento maior, mesmo com o mercado conquistado, para expandir exponencialmente.

Quando um negócio consegue tal investimento, geralmente o fundo envolvido faz exigências de ações no plano de gestão para que os objetivos sejam atingidos, além de participar internamente no processo e ficar com posse de parte da empresa.

IPO

A sigla IPO significa Initial Public Offering (Oferta Pública Inicial) e aqui é o ponto onde poucos acabam chegando. É quando o capital da empresa é aberto na Bolsa de Valores. A partir deste momento, qualquer pessoa pode comprar ações da sua empresa.

Com a entrada na Bolsa de Valores, o negócio pode seguir expandindo e inclusive internacionalizar as operações com abertura de capital também em outros países.

Nesse estágio, é comum vermos os fundadores da ex-startup (afinal já é uma empresa) com, somados, 20% a 30% do negócio.

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