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IPO de startup: confira os principais do Brasil e do mundo

10 de May de 2021
IPO de startup: confira os principais do Brasil e do mundo<

Para uma startup, o IPO é mais do que uma oportunidade, é um próximo passo natural para o seu crescimento. Existem, afinal, muitas vantagens para uma oferta pública inicial bem-sucedida.

Além de viabilizar a evolução de fato da empresa, ela permite solidificar a marca em seu segmento, dar liquidez aos investidores e fundos e até tornar palpável (e rentável) o trabalho de anos dos fundadores.

O que não quer dizer, no entanto, que seja um processo simples. Há muitos cálculos e planejamentos envolvidos — e riscos, como sempre. Por isso que, no texto abaixo, listamos as principais startups que fizeram IPO no Brasil e no mundo. É necessário tê-las como referência e, por que não, como inspiração.

As startups brasileiras na bolsa

O Brasil vem experimentando nos últimos anos um aumento significativo no número de startups com IPO. Se foram cinco entre 2018 e 2019, foram quatro somente em 2020; já o ano de 2021 deve terminar com pelo menos cinco, mas podendo chegar a mais de dez ofertas concluídas.

Não há uma única explicação para o fenômeno, mas sim todo um cenário favorável. A começar pelos juros baixos do mercado brasileiro devido ao nível histórico da taxa Selic. Isso fez com que a B3 experimentasse um boom de IPOs para além das startups: de cinco em 2019 para 28 em 2020, segundo dados da própria bolsa.

Numero de IPOs de startup por ano

Fonte: Warren.com/B3

Depois, a necessidade de isolamento social durante a pandemia do coronavírus fez aumentar a demanda e aquecer o setor de serviços e tecnologia, esse sim dominado pelas startups e fintechs.

Esse desenvolvimento deu não só capital e visibilidade às empresas como também confiança aos investidores “pessoa física”. Assim, o caminho entre uma startup e o IPO se encurtou consideravelmente.

As principais startups com IPO no Brasil

É possível que esse cenário favorável aos IPOs tenha só acelerado um processo inevitável. As principais startups brasileiras na bolsa apontam para isso, movimentando cifras altas e principalmente apontando um futuro promissor:

  • PagSeguro
  • Stone
  • Locaweb
  • Enjoei
  • Mobly
  • Meliuz
  • Bemobi

PagSeguro

Há um certo debate quanto à definição do PagSeguro como uma startup. A empresa de pagamentos digitais, afinal, foi criada em 2006 sobre o guarda-chuva da UOL, tirando a incerteza que caracteriza o modelo em questão.

De qualquer maneira, a startup fez seu IPO na Bolsa de Nova Iorque em 2018 e com um enorme sucesso, arrecadando nada menos que US$ 2,27 bilhões em sua oferta inicial.

Stone

A Stone foi outra startup que levou seu IPO para o exterior. A fintech criada em 2012 fez sua oferta na Nasdaq, o mercado digital de ações norte-americano, em 2018 e arrecadou US$ 2,8 bilhões.

Locaweb

A Locaweb foi o maior IPO brasileiro de 2020. Criada ainda em 1997, a empresa de hospedagem de sites e outros serviços pela internet fez sua oferta inicial na B3 mesmo, e captou R$ 1,4 bilhão, numa alta de mais de 20% de sua avaliação inicial.

Enjoei

Inicialmente um blog, a Enjoei evoluiu para uma plataforma que funciona como um verdadeiro marketplace de brechós virtuais e principalmente numa startup que levantou R$ 1,13 bilhão no seu IPO de 2020 na B3.

Mobly

O simpático e moderno site de comércio de móveis e decoração se tornou, em 2020, uma startup com um IPO de R$ 811,5 milhões na B3. Apesar de não atingir a expectativa do primeiro bilhão, a empresa seguiu otimista e projetou investir cerca de 50% do montante em capital de giro e estrutura.

Méliuz

Cashback é a palavra da moda nas compras online, e a Méliuz está surfando tranquila nessa onda. A startup de descontos e cupons é um caso curioso e bem sucedido na bolsa brasileira.

Em 2020, levantou R$ 629 milhões na B3, o que é um pouco menos do que as demais empresas dessa lista, mas experimentou uma alta de mais de 300% desde o movimento, o que motivou a companhia a lançar um programa de recompra das ações em 2021.

Bemobi

A Bemobi se antecipou, lá em 2009, ao movimento de alta na demanda por serviços digitais e ofereceu uma solução prática: um clube de assinaturas online.

A startup foi uma das pioneiras na monetização desse mercado e cresceu a tal ponto que, em 2021, fez sua oferta inicial na B3 e captou R$ 1,26 bilhão.

As próximas startups na bolsa brasileira

O sucesso dos IPOs das startups brasileiras nos últimos anos fez o mercado se voltar à projeção das próximas a fazerem suas ofertas na bolsa, seja no Brasil ou no exterior. Iniciou também uma certa “corrida” entre as empresas em busca de um melhor proveito desse cenário.

A fila daquelas que já declararam suas intenções à Comissão de Valores Mobiliários cresce quase que mensalmente, assim como a expectativa para os mais famosos “unicórnios” (startups que atingem uma valuation acima do R$ 1 bilhão antes de um IPO) entrarem de vez na bolsa.

Entre aqueles cujo interesse já foi declarado, destacam-se a PicPay, fintech de pagamentos online, a W2W, empresa dona do site Wine, de comércio online vinhos, a GetNinjas, aplicativo de serviços que conecta clientes a prestadores de serviços e a Zenvia, serviço de comunicação digital entre empresas e clientes.

Quem ainda não tornou oficial o processo de IPO mas há tempos instiga o mercado são provavelmente as três mais conhecidas startups de tecnologia do Brasil: Nubank, Movile (iFood) e 99, que parece ser a mais próxima dos três a abrir o capital.

As principais startups com IPO no mundo

As principais startups com IPO no mundo

Fonte: Visual Capitalist

Quando falamos das principais startups do mundo que fizeram IPOs, não há como fugir dos grandes unicórnios e das grandes empresas de tecnologia.

A maior de todas nesse quesito é a Alibaba, site chinês de e-commerce que se tornou uma multinacional de tecnologia e que em 2014 captou nada menos que US$ 238 bilhões com a sua oferta.

Atrás da Alibaba e ainda na casa das centenas de bilhões há a Kauishou, aplicativo chinês de vídeos que levantou US$ 164 bilhões em 2021, o Facebook, que em 2012 movimentou US$ 104 bilhões e o Airbnb, que viu sua oferta captar US$ 100 bilhões ao final de 2020.

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