Fintech

O que é o mercado fintech e como ele está revolucionando o mundo das finanças

21 de December de 2018
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Com mais de 400 milhões de dólares investidos nos últimos anos nas startups financeiras, as fintechs tem alto potencial de captação de recurso, influência e inovação. O mercado brasileiro já tem mais de 200 fintechs e esse número não deve parar de crescer nos próximos anos.

Com serviços totalmente online ou facilitados por meio digitais, hoje é fácil encontrar empresas novas oferecendo oportunidades que antes era possíveis apenas para grandes investidores ou pessoas com muitos recursos. A democratização dos meios financeiros é parte do desafio que está sendo bem encabeçado pelas fintechs.

O mercado aquecido para as startups financeiras

Financial Technology (tecnologia financeira), ou apenas Fintech é a denominação das empresas de base tecnológica que estão mudando o mercado nos últimos anos. Essas startups financeiras oferecem serviços inovadores e podem ir muito além dos já conhecidos bancos digitais.

O foco do negócio de uma fintech pode atender várias áreas, como:

  • Serviços de pagamentos,
  • criptomoedas,
  • crowdfunding,
  • crédito ou empréstimo,
  • educação e controle financeiro,
  • seguros,
  • Investimentos, etc.

E o Brasil está muito bem nesse setor, com startups fortes e com constante recebimento de investimentos.

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O fortalecimento do mercado de fintechs pelo país é resultado também da qualidade dos serviços oferecidos pelos brasileiros. Algumas fintechs, como a Nubank, GuiaBolso e Geru estão entre as 100 startups mais inovadoras do mundo, segundo o Fintech100, relatório da KPMG e H2 Ventures.

Esse destaque também é um reconhecimento do público, que já tem mais confiança nesses novos serviços e faz do Geru, por exemplo, ser responsável por mais de R$6 bilhões em pedidos de empréstimos desde o ano de 2015.

Isso faz também com que os investimentos nesse tipo de empresa seja constante, com mais 1 bilhão de dólares aportados no mercado brasileiro no primeiro semestre de 2018. E um desses investimentos – 150 milhões ao Nubank – proporcionou um dos primeiros unicórnios brasileiros,o grupo das empresas com mais de 1 bilhão de dólares em valor estimado.

As fintechs unicórnios pelo mundo

Até agosto de 2018, já eram 34 as fintechs com valuation acima de 1 bilhão de dólares, com representantes da China, Reino Unido, Índia, Suécia, Estados Unidos, Suíça e Brasil.

Uma das maiores de todas as fintechs mundiais em valuation em é Lu.com, chinesa de financiamentos e empréstimos criada em 2011. Com mais 1,7 bilhões de dólares em investimentos, tem seu valor avaliado em mais de US$ 18,5 bilhões.

Entre os meios de pagamento online, a Stripe tem valuation de mais de US$20 bilhões. Essa fintech é utilizada por grandes players como Twitter, Salesforce, The Guardian e Pinterest, e foi criada em 2010.

E um dos primeiros unicórnios brasileiros é o Nubank, que ultrapassou esse valor de avaliação de mercado em março. Certamente você já viu um “roxinho” por aí, a cor que marca os cartões da fintech;

Com a  proposta inicial de um cartão de crédito acessível e sem anuidades, hoje oferta conta digital de investimentos e mais de 3 milhões de clientes. Já foram captados mais de US$707 milhões em 9 rodadas de investimentos.

Tendência de crescimento para as fintechs brasileiras

Além do Nubank, nos próximos anos é esperado que mais fintechs brasileiras quebrem a barreira do 1 bilhão de dólares em valor estimado. E isso se deve não só aos investimentos constantes, mas também à qualidade dos serviços oferecidos.

Com mais de 4,5 milhões de usuários cadastrados desde 2012, o GuiaBolso é uma dessas esperanças. Essa empresa é uma das principais startups financeiras focada em controle financeiro individual. No fim de 2017, a fintech recebeu um aporte de R$125 milhões e deu mais um passo para se tornar uma plataforma integrada de serviços financeiros.

Outra empresa que tem muito potencial é a especialista em investimentos Warren. Uma gestora de investimentos com baixas taxas de manutenção e um grande portfólio de possibilidades em renda fixa e bolsa de valores, a Warren trabalha no chamado modelo de “robôs advisors”.

Esse mercado tem potencial por automatizar os sistemas de investimentos e escalar com facilidade o negócio e número de clientes, tendo pequenos investidores sem que as despesas aumentem.

A F(x), fintech que une financiadores disponíveis e empresas em busca de investimentos, recebeu 10 milhões de reais em 2018. Com mais de 150 usuários financiadores e mais de R$593 milhões em propostas de financiamento na plataforma, o maior potencial de crescimento da empresa está na tecnologia para tornar o processo mais inteligente, efetivo e rápido.

Mais do que conexões, as empresas podem usar linhas de financiamento, operações de crédito, câmbio, fianças bancárias, recebíveis e até repasses do BNDES pela instituição. E isso se tornará cada vez mais automatizado nos próximos anos.

Segundo Marcus Ribeiro, CEO da Pluga, empresa de integração de Ferramentas web,  2018 foi particularmente incrível para as Fintech. “Foi um ano de IPOs importantes, com PagSeguro, Banco Inter e Stone, e investimentos significativos, com  R$ 100 Milhões no ContaAzul e uma das maiores rodadas Série A da história do país com o Banco NEON”.

Para 2019, Marcus Ribeiro aposta pelo processo de crescimento via M&A. “Isso foi algo que aconteceu, por exemplo, no mercado de automação de marketing, com a RD Station que comprou a ferramenta de CRM PlugCRM “, explicou o CEO da Pluga.

As possibilidades no mercado fintech vão muito além dos bancos digitais, contemplando empresas de setores diversos e com diferentes impactos na sociedade. E manter a atualização constante para esse mercado é muito importante. Por isso, não deixe de nos seguir nas redes sociais e compartilhar esse conteúdo!