Quais são as principais adquirentes do Brasil e qual a melhor para o seu negócio
Quem tem um negócio já deve ter se deparado com uma empresa de meio de pagamento ou procurado uma opção de maquininha para auxiliar nas vendas da sua empresa. Muitos não sabem, mas este segmento e área de mercado é também conhecido como adquirente. E o papel de uma empresa adquirente é fazer o meio campo de uma transação financeira.
As adquirentes são responsáveis por fazer a comunicação da empresa com a bandeira do cartão, já que este é um dos principais meios de pagamento nos dias de hoje. O número de pessoas que utiliza cartões de crédito só tem crescido.
Segundo números divulgados pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços), o uso de cartões de crédito e débito como forma de pagamento cresceu 14,5%, atingindo R$ 1,55 trilhão de compras realizadas no ano de 2018. O valor é equivalente a 22,8% do PIB (Produto Interno Bruto).
Por isso, é tão importante se adaptar e estar preparado para este novo hábito. E um bom primeiro passo é conhecer as principais adquirentes do Brasil. É sobre elas que vamos falar neste post!
Conheça as principais adquirentes do Brasil
Cielo
A Cielo é uma empresa adquirente brasileira fundada em 1995, antes conhecida como Visanet Brasil. Atualmente, ela é a empresa líder no setor entre as principais adquirentes do Brasil e da América Latina. Só em 2014, a Cielo tinha seus produtos instalados em mais de 1,4 milhão de estabelecimentos de vendas ou serviços em todas as regiões do país.
A companhia foi criada por meio de uma parceria entre os bancos Bradesco, Banco do Brasil, Banco Real (atual Santander) e o Banco Nacional, que não existe mais nos dias de hoje. Além do bancos, ela também foi criada pela Visa Internacional (por isso, o nome). Portanto, na época de sua criação ela só operava para intermediar transações entre estabelecimentos e bancos operacionalizadas por cartões cuja bandeira fosse Visa.
Depois de um projeto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal junto do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em 2009 colocou-se um ponto final na exclusividade tanto da Visanet, quanto da Redecard, para operar transações apenas com cartões Visa e Mastercard, respectivamente. Isto faz com que novas bandeiras possam entrar em atividade, fazendo com que o mercado de adquirência pudesse crescer mais ainda.
Em 2019, a Cielo lançou uma nova função — o Cielo Pay que funciona por meio de um aplicativo com diversas soluções que, em breve, irão substituir as maquininhas tradicionais para operarem apenas com a utilização de QR Code no celular. Atualmente, a Cielo oferece 7 modelos de maquininhas, disponíveis em seu site.
Rede
Criada logo em seguida da Cielo, a Rede iniciou suas atividades em 1996. Antes era conhecida como RedeCard. Da mesma forma que vários bancos se reuniram para criar a Cielo, assim também foi com a Rede. Por meio da junção entre Citibank, Itaú e o antigo Unibanco (hoje Itaú Unibanco) criaram a Credicard em 1970 que realizava simultaneamente operações de bandeira, emissor e credenciadora. Somente em 1996, as empresas decidiram constituir a Redecard.
Em 2012, a companhia deixou de ter o seu capital aberto depois de um dos seus criadores, o Itaú Unibanco investir R$ 10,46 bilhões para fechar o capital da empresa. No ano seguinte, ela mudou o seu nome para Rede. Diferente da Cielo, a Rede nasceu como uma plataforma multibandeira. Hoje, a Rede é a segunda maior empresa do segmento de adquirência e pagamentos do Brasil.
Além das maquininhas, a Rede oferece hoje o seu aplicativo de controle de vendas, lançado em 2015. Com ele, é possível acessar o número de vendas e realizar consultas para pagamentos, extratos de vendas e solicitar produtos pelo smartphone. A empresa adquirente atende 25 bandeiras do mercado, incluindo vouchers de benefícios. A Cielo oferece 7 modelos de maquininhas para os seus clientes.
GetNet
É uma das mais novas do mercado, fundada em 2003, mas que tem ganhado força nos últimos anos. Foi criada por empreendedores brasileiros e em 2013 adquirida pelo banco Santander, se tornando Santander GetNet Serviços para Meios de Pagamentos S.G.S. Desta forma, o Santander passou a manter 88,5% das ações da adquirente.
Em 2019, a GetNet passou a aceitar todas as bandeiras de cartão. Entre suas opções de maquininha, oferece 10 modelos de maquininhas, para cada tipo de negócio.
Stone
A mais recente empresa do mercado de adquirência é a fintech Stone, criada em 2012. Aceita as principais bandeiras de cartão e vouchers de benefícios. Em 2018, a fintech abriu o processo de entrada na bolsa, também conhecido como oferta inicial de ações (IPO). A bolsa em que a startup financeira mantém seu nome é a de Nova York (NASDAQ).
A empresa surge dentro de um contexto em que existia um monopólio de empresas adquirentes tradicionais que controlavam o segmento no país. Mais tarde, ela acaba incentivando a chegada de novas startups que oferecem soluções de meios de pagamento. Hoje, a Stone Pagamentos oferece apenas 1 modelo de maquininha e outras soluções financeiras, disponíveis em seu site.
O que são as subadquirentes?
Talvez, ouvindo falar um pouco sobre as empresas adquirentes, você pode ter sentido falta de outros nomes de players que atuam no setor de meios de pagamento, principalmente algumas fintechs populares. Acontece que estas companhias que você talvez tenha pensado estão dentro da categoria de subadquirentes.
Uma empresa subadquirente é intermediária e está entre o banco, a empresa e adquirente, que também pode ser chamada de credenciadora. O objetivo delas é atender empresas de menor porte e que não conseguem de forma tão simples um contato direto com a credenciadora e por isso recorrem às subadquirentes. Alguns exemplos de subadquirentes são:
- PagSeguro
- SumUp
- Mercado Pago;
Quer saber mais? Leia o comparativo que fizemos no artigo: SumUp ou PagSeguro? As duas fintechs de meio de pagamento que têm ganhado mercado.
Este vídeo do canal Vindi explica de maneira simples um pouco sobre adquirentes e subadquirentes:
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