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Fundo imobiliário ou ações: qual o melhor investimento?

27 de May de 2023
Fundo imobiliário ou ações: qual o melhor investimento?<

As aplicações em renda variável são formas interessantes de investir e obter ganhos significativos, fazendo valer os riscos da modalidade. Nesse contexto, dois ativos ganham destaque entre os participantes, o investimento em fundos imobiliários ou em ações.

De modo geral, ambas são alternativas para obtenção de renda passiva que valem a pena, servindo para montar uma carteira diversificada, bem planejada e com ótimas chances de retorno. 

Mesmo assim, o investidor sempre quer saber qual a melhor opção para cada momento. Será que hoje em dia vale mais a pena optar pelo fundo imobiliário ou ações? Quais as vantagens e desvantagens de cada aplicação? Como identificar os sinais do mercado que apontam para uma direção ou outra?

Esse é o assunto da vez. Iremos explicar o que se entende por FIIs, os fundos de investimento imobiliário, e também sobre a compra de ações em empresas de capital aberto. Essas informações são cruciais para tomar uma decisão mais assertiva.

Gostou da ideia? Então continue lendo e fique por dentro do assunto!

O que é o investimento em ações?

O investimento em ações é aquele onde o usuário aplica seu dinheiro na compra de uma pequena fração de uma companhia, sendo que essa organização possui capital social aberto na Bolsa de Valores (B3).

Dessa forma, o investidor passa a atuar como um sócio da empresa, sendo dono de uma parcela do valor total da empresa. Como esse valor flutua de acordo com a cotação das ações na bolsa, por conta de diversos fatores econômicos, é possível obter ganhos significativos com o seu crescimento.

Essa prática também oferece riscos, caso a empresa se desvalorize ou vá a falência, o investidor fica no prejuízo. Por isso, é essencial avaliar o histórico da organização, quem são os seus gestores e quais as tendências para o seu mercado de atuação.

Assim, é possível identificar oportunidades de investimento em ações nas quais você acredita e confia. No fim das contas, quem compra ações obtém uma participação nos lucros, pagos como dividendos.

No geral, a aquisição de ações se divide em duas modalidades principais, sendo elas:

  • ações ordinárias: são aquelas onde o sócio tem direito a participar das assembléias de investidores e votar nas decisões estratégicas;
  • ações preferenciais: o investidor tem prioridade no pagamento de dividendos ou de valores provenientes da liquidação da companhia, porém, não tem direito ao voto ou participação nas assembléias.

Vantagens e desvantagens de investir em ações

Quando pensamos em investir na bolsa de valores, pensamos diretamente em ações. A principal vantagem da modalidade é o alto rendimento, que enche os olhos de quem aspira em atuar nesse formato.

Também temos como ponto positivo a grande diversidade de ações para se investir. São muitas empresas listadas na bolsa de valores, bem mais do que fundos imobiliários. 

Além disso, quem opta por esse rendimento pode começar com pouquíssimo dinheiro, por conta da característica de fracionar os papéis.

Já entre as desvantagens, temos a grande flutuação dos valores perante o mercado. Muitos componentes afetam a lucratividade e o pagamento de dividendos ocorre principalmente a longo prazo, por semestre ou por ano, o que dificulta a vida de quem gostaria de depender apenas das ações.

Por fim, ainda é preciso lidar com o fato que as empresas não precisam compartilhar a maior parte do lucro com os sócios, sendo que esse valor pode e frequentemente é reinvestido. 

Que tal saber como começar a investir em ações? Veja o vídeo a seguir e confira algumas dicas:

O que são fundos de investimento imobiliário (FII)?

Vejamos então o que são os fundos imobiliários. Na prática, os chamados FII são uma categoria com cotas negociadas junto à bolsa de valores, onde o investidor visa se tornar um cotista do fundo.

Os fundos imobiliários se dividem entre fundos de tijolos e de papéis. Tijolos são aqueles onde os gerentes do FII realizam a compra, venda, aluguel e administração de imóveis físicos, utilizando o capital investido pelos cotistas e repassando parte dos lucros mensalmente.

Já os FIIs de papéis investem em títulos do ramo imobiliário, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), entre outros. Basicamente, atuando como intermediários e até mesmo cotistas de outros FIIs.

Vantagens e desvantagens de fundos imobiliários

Agora que você sabe como funciona um fundo imobiliário, podemos abordar os pontos positivos e negativos desse tipo de rendimento.

O grande trunfo dos fundos imobiliários é a frequência dos rendimentos, que são pagos todos os meses. Da mesma forma, o FII é obrigado a dividir a maior parte dos lucros com os cotistas investidores.

Quem deseja uma renda passiva com maior frequência, costuma optar por essa modalidade, onde é possível aproveitar os benefícios do setor imobiliário sem lidar constantemente com a burocracia do mesmo.

Por fim, podemos ressaltar que os FIIs são menos suscetíveis a variações mercadológicas, sendo mais fáceis de criar projeções de rendimentos.

No entanto, isso não os torna completamente à prova de impactos mercadológicos. Crises no setor podem afetar o valor mesmo no curto prazo, deixando no prejuízo o investidor.

Diferença entre ações e fundos imobiliários

Conhecendo cada um deles, é hora de começar a entender os fatores relevantes para escolher entre fundo imobiliário e ações. Em geral, as principais diferenças estão em três pilares principais, que são:

1. Rendimento

As ações oscilam mais, por esse motivo, têm potencial para maiores rendimentos. No entanto, essa variação também pode resultar em prejuízo significativo. Além disso, o pagamento de dividendos não é tão frequente.

Já os fundos imobiliários pagam todos os meses e, apesar de também serem afetados pelo mercado, são mais resistentes às oscilações. No entanto, os ganhos são mais modestos quanto comparados aos investimentos em ações bem-sucedidas.

2. Taxas e tributos

A compra de ações pode estar sujeita a taxas de corretagem, a depender da corretora de investimentos escolhida, taxas de custódia e ao Imposto de Renda (IR). Já os FIIs apresentam taxas de administração e performance, bem como a alíquota de 20% sobre a venda de cotas.

Recentemente tivemos a notícia de que a taxação de dividendos para fundos de investimento imobiliário foi revogada. Você pode entender o que isso significa no vídeo abaixo:

3. Liquidez de investimento

Fundos imobiliários ou ações oferecem alta liquidez, no entanto, isso não vale para empresas de pequeno porte, conhecidas como small caps. Elas apresentam maior potencial de crescimento, mas também oferecem maior risco de investimento, o que espanta os interessados e diminui a chance de negociações mais significativas.

Qual escolher: fundo imobiliário ou ações?

E então, já decidiu se vai investir em fundo imobiliário ou ações? Se ainda está em dúvida, temos alguns pontos que podem ajudar na tomada de decisão.

Primeiramente, é válido apontar que a diversificação na carteira de investimentos é quase sempre o melhor caminho, o que se aplica ao caso. Adquirir ambos os ativos permite reduzir os efeitos negativos e aproveitar o lado bom dos dois mundos, além de evitar prejuízos totais.

Por outro lado, isso deve estar alinhado ao seu perfil de investimento. Quem deseja um rendimento mais assertivo e frequente irá preferir os FIIs, enquanto perfis mais arrojados podem ter mais interesse no mercado de ações.

Não é possível colocar que o melhor é o fundo imobiliário ou as ações. Como se observa, ambos apresentam vantagens e desvantagens significativas. A melhor alternativa prática é identificar o que é melhor e mais adequado para você como investidor.

Esperamos que tenham aprendido mais sobre o mercado de ações e fundos imobiliários. Para mais dicas sobre investimentos, fintechs e o mercado financeiro, acompanhe o blog Fintech!