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Crescimento das fintechs brasileiras: veja a evolução das startups financeiras no país

13 de August de 2020
Crescimento das fintechs brasileiras: veja a evolução das startups financeiras no país<

Em 2010, quando surgiram as primeiras fintechs brasileiras, mal sabíamos nós que uma revolução financeira estava prestes a se concretizar. As fintechs revolucionaram a maneira como os brasileiros lidam com suas finanças, ganharam investimentos e se tornaram até startups unicórnio. Quer saber mais? Entenda neste post o crescimento das fintechs no Brasil.

Popularização das fintechs no Brasil

As fintechs brasileiras conquistaram o público ao apresentarem soluções inovadoras para o dia a dia, menos burocracia e mais facilidade. A começar pelo Nubank, que surgiu como o banco sem taxas.

O roxinho foi um dos primeiros a ganhar o coração do público por isentá-los das odiadas e altas taxas cobradas pelos bancos tradicionais e, além disso, facilitar a solicitação de um cartão, feita totalmente online. Era necessário apenas receber um convite, informar seu CPF e, após uma análise, você saberia se poderia ou não utilizar o serviço.

Depois dele, diversos bancos digitais surgiram com a mesma proposta. E não foram só os bancos que participaram dessa revolução. Outros tipos de negócio também foram surgindo com o passar do tempo e inovando o jeito que o brasileiro encarava suas finanças, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. 

Algumas dessas empresas são:

  • Pagamentos: PicPay, Stone, Sumup, Mercado Pago, PagSeguro Uol etc.;
  • Gestão financeira: GuiaBolso, Conta Azul, Contabilizei etc.;
  • Empréstimo e negociação de dívidas: Bom pra Crédito, Easy Crédito etc.;
  • Crowdfunding: Kickante, Vakinha etc.;
  • Investimentos: Empiricus, Rico etc.;
  • Eficiência financeira: Konduto, BigData Corp etc.;
  • Blockchain e Bitcoin: Foxbit, Pague com Bitcoin etc.;
  • Seguros: Bidu, Tá Certo; etc;
  • E vários outros tipos de fintech.

Crescimento das fintechs no Brasil

De acordo com o Migalhas, o Brasil possui aproximadamente 550 fintechs, a maioria delas, 231, surgiram entre 2016 e 2018. As categorias que lideram são as de meio de pagamento, com 21% das empresas e em seguida as de crédito, com 15% do total.

A divisão geográfica tem o Sudeste como a região com o maior número de startups financeiras, com 74,5%. Já o Sul vem em segundo lugar, com 17,9%, e, em seguida, o Nordeste, com 4,7%. As regiões que possuem o menor volume são Centro-Oeste, com 2,2%, e o Norte com 0,7%.

Mais da metade das fintechs nacionais são voltadas exclusivamente para empresas, 54,4%, com 30,3% delas são voltadas para pessoas físicas. Também temos as híbridas, que são tanto B2B quanto B2C, por volta de 15,3%. Esses números podem ser explicados pois é mais fácil impactar empresas com uma startup do que um consumidor final, que requer mais investimento.

Em 2019 as fintechs brasileiras lideraram a quantidade e volume de aportes — o setor foi o que mais recebeu a atenção dos investidores do país. A somatória foi de US$935 milhões, incluindo os US$400 milhões numa rodada que fez o Nubank ser avaliado em US$10 bilhões.

Próxima etapa: as startups unicórnio

Unicórnios são startups avaliadas em ao menos 1 bilhão de dólares antes de abrir seu capital na bolsa da valores. No Brasil possuímos apenas dez startups unicórnio e duas delas são fintechs — o Nubank e a Stone.

O mercado brasileiro está fervendo, por esse motivo, também temos alguns soonicorns e minicorns.

Soonicorns

Os soonicorns, como o nome já diz (soon vem de “breve” em inglês e corn de “unicórnio”) são startup que se superam dia após dia desde a sua criação para conquistar avaliações por parte do mercado por centenas de milhares de dólares e estão próximas de se tornarem unicórnios. As fintechs que estão nessa categoria são:

  • Conta Azul: ferramenta de gestão de negócios para micro e pequenas empresas;
  • Neon: banco digital;
  • GuiaBolso: app para gerenciamento de finanças pessoais;
  • WEEL: financiador de pequenas e médias empresas através de antecipação de recebíveis.

Minicorns

Já os minicorns, ou mini unicórnios, são startups no estágio inicial que já têm um alto crescimento, se tornando grandes promessas. Quem apresenta esse crescimento acelerado e leva o negócio para outro nível são:

  • RecargaPay: aplicação digital de pagamentos e recargas;
  • Pitzi: seguro para celulares contra defeitos e acidentes;
  • Contabilizei: serviços contábeis online;
  • Órama: distribuidora online de valores e títulos mobiliários;
  • Warren: carteira de investimentos com base em objetivos;
  • Zoop: soluções próprias para negócios e empresas para serviços de movimentação financeira e pagamentos;
  • Toro Investimentos: corretora de valores e plataforma de investimentos;
  • Finanzero: negociadora com bancos afim de conseguir melhores taxas de juros e condições para o cliente;
  • REBEL: plataforma de empréstimo online;
  • IDwall: solução que detecta e combate fraudes de identidade;
  • Cora: banco digital para empresas;
  • Bidu: comparação e cotação de crédito e seguro online;
  • Gorila Invest: aplicação para controle de investimentos;
  • Pier: seguro para celulares;
  • Vindi: ferramenta que facilita cobranças de assinaturas e pagamentos recorrentes;
  • Magnetis: plataforma de investimento e consultoria.

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